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Podemos considerar que, desde a mais tenra idade, Matemática e Língua Materna permeiam nossas mentes, constituindo nossos fundamentais sistemas de representação, dos quais lançamos mão para interpretar a realidade. Letras e números fazem parte do ferramental cognitivo humano como entes complementares, cooperantes. No limiar do raciocínio, Matemática e Língua Materna apresentam-se associadas, interdependentes.
Entretanto, apesar de comungarem da mesma fonte, de compartilharem a mesma raiz,
Matemática e Língua Materna, enquanto disciplinas acadêmicas, acabam por tomar direções opostas, pois desde o início do processo escolar percebe-se, em nível de senso comum, uma ênfase nos aspectos que separam as duas, em detrimento, sobretudo, da
Matemática – que aparece quase como a vilã da história. Nesse sentido, a imagem de duas semi-retas com mesma origem e sentidos opostos pode representar as imagens desses dois saberes, em âmbito escolar, próxima relação a ser tratada.
Definimos Alfabetização Matemática como o ato de aprender a ler e a escrever a linguagem Matemática, isto é, compreender e interpretar os sinais, signos e símbolos que representam as idéias básicas para o domínio da disciplina, bem como se expressar por meio das mesmas.Sendo a matemática uma ciência abstrata de linguagem simbólica, pode-se dizer que para ler informações matemáticas não basta conhecermos sua linguagem, mas o sentido e significado da mesma.
Nossa idade, peso, altura, a hora no relógio, a posição em uma lista classificatória, a data de aniversário, o nosso endereço, constituem-se em diversas situações de nossa vida cotidiana nas quais precisamos recorrer aos números. No entanto, quando afirmamos que recorremos aos números sempre, não queremos dizer que atribuímos significado a eles com a mesma freqüência com que os utilizamos, ao contrário, na maioria das vezes, a única correspondência que fazemos quando pensamos nos