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O Arquiteto paulistano Marcio Kogan formou-se pela FAU/Universidade Mackenzie, em 1977. Tem 53 anos, e é um dos mais destacados nomes da arquitetura contemporânea. Foi premiado duas vezes pelo IAB e indicado ao World Architeture Awards, o Oscar da arquitetura. Estudou cinema até os 30 anos, conquistando uma peculiar sensibilidade de olhar o mundo. Márcio Kogan preservou a linguagem do cinema nas obras. Não à toa, que muitas das casas que desenha têm o máximo de ambientes integrados, todos de beleza cenográfica, trazendo a área externa para dentro da casa. Outra marca do profissional é a retomada da tradição modernista brasileira dos anos 70 (a ver a utilização dos cobogós em novas interpretações), com releituras de grandes mestres como Affonso Eduardo Reidy, Lina Bo Bardi, Vilanova Artigas, Oscar Niemeyer e Lucio Costa. “Kogan passou por várias fases do modernismo e transitou inclusive no pós-moderno, sendo irônico assim como o Weinfeld. Agora apresenta rigor e esmero construtivo. As obras são marcadas por poucos detalhes, o que é um desafio, pois aparecem muito”, afirma Mario Figueroa, professor e coordenador do curso de arquitetura da Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP). “Ele é ousado e não hesita em experimentar novas possibilidades”. Tamanho ecletismo resulta numa liberdade maior no projetos.
A premiada CASA CUBO traz a marcante estética brutalista usada com frequência pelo arquiteto Marcio Kogan. Entre os projetos mais icônicos de seu portfólio estão as premiadas Casa Cubo, que surpreende pelo contraponto entre o brutalismo do grande quadrado de concreto e a delicadeza dos pilotis que a sustentam; feita com duas caixas de concreto aparente que repousam delicadamente na encosta de uma das ilhas da região.
CASA CORTEN, cuja fachada ousa na utilização do aço, suavizado internamente pela madeira
RUY OHTAKE
Nasceu em São Paulo em 1983. Formou-se em arquitetura pela universidade de São Paulo