Geração distribuida
Geração distribuída no Brasil: oportunidades e barreiras
1 Marcos Vinícius Xavier Dias, MSc. 2 Edson da Costa Borotni, D.Sc. 3 Jamil Haddad, D.Sc.
Resumo O desenvolvimento da humanidade está intimamente ligado ao uso da energia em suas diversas formas. Consolidar este desenvolvimento significa, entre outras coisas, garantir que as fontes de energia estejam disponíveis em níveis suficientes e, de igual forma, acessíveis para garantir a demanda de energia que sustenta o desenvolvimento da sociedade moderna. No Brasil, a maior parte da geração de energia elétrica é de origem hidráulica, o que explica o extenso sistema de transmissão necessário para levar esta energia aos centros consumidores. O racionamento de energia ocorrido em 2001 expôs a fragilidade do sistema de geração no Brasil abrindo espaço para que a discussão sobre fontes alternativas de energia ganhasse força. Adicionalmente, restrições ambientais têm cada vez mais dificultado a abertura de novas faixas de servidão de linhas de transmissão. Como contribuições principais deste trabalho temse, a identificação, no Brasil, das principais oportunidades e barreiras para implantação da geração distribuída. Introdução O termo geração distribuída pode parecer novo, mas sua concepção não é tão recente assim. Thomas A. Edison concebeu e instalou o primeiro sistema de geração de energia em Nova York no ano de 1882. Na rua chamada Pearl Street ele construiu a primeira central de geração que fornecia energia para lâmpadas incandescentes de cerca de 59 clientes em uma área de aproximadamente 1 km2. Essencialmente, este é o conceito mais simples de geração distribuída, uma fonte geradora localizada próxima à carga. Com o desenvolvimento dos transformadores, o uso da corrente