GERALDO VANDRÉ - DITADURA
Tornou-se parceiro musical de Carlos Lyra em músicas como “Quem quiser encontrar o amor” e “Aruanda”. Gravou seu primeiro LP em 1964, com as músicas “Fica mal com Deus” e “Menino das Laranjas”, entre outras.
Com sua canção “Disparada”, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira. Essa canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de “A banda”, de Chico Buarque, em 1966.
Dois anos depois, com a música “Pra não dizer que não falei das flores”, participou do III Festival Internacional da Canção. A música perdeu apenas para “Sabia´”, de Chico Buarque e Tom Jobim. O público vaiou a canção da dupla, exigindo que o prêmio viesse a ser a Vandré.
Essa canção ganhou as ruas virando hinos de manifestações. Por fazer oposição à ditadura militar durante o governo militar, foi censurada.
O refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. Além do refrão, a estrofe “Há soldados armados/Amados ou não/Quase todos perdidos/ De armas na mão/ Nos quartéis lhes ensinam/ Uma antiga lição/ De morrer pela pátria/ E viver sem razão” é uma das mais explícitas das produções musicais no momento. Não faz rodeios. Vai direto à crítica aos militares.
Em época de censura, cantores passaram a demonstrar seus anseios e desejos em forma de canção. Não apenas Vandré, mas também