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O meu interesse em estudar o GEPAR surgiu devido ao meu trabalho, desde 2005 como patrulheiro, e agora, recentemente, como comandante de guarnição na área da 10ª
Companhia Especial do 5º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais. Cheguei na 10ª
Companhia em Outubro de 2003 e pude acompanhar a formação do GEPAR Cabana do Pai
Tomás e GEPAR Nova Cintra.
A mudança e a repercussão que houve nos aglomerados se devem, principalmente, ao fato de que, antes do GEPAR, a Polícia Militar entrava na Cabana do Pai Tomás apenas para registrar ocorrências, ficando no aglomerado o tempo suficiente para anotar os dados dos envolvidos e informações para o histórico. A comunidade não era acostumada com a presença constante da Polícia Militar e, esta mudança de estratégia, focada agora na proximidade com os cidadãos, construindo uma Polícia Comunitária, privilegiando a prevenção de crimes violentos e repressão qualificada dos infratores, provocou vários atritos e também elogios. Os atritos com os infratores, no começo, foram constantes, inclusive com uso de arma de fogo (troca de tiros), resultando em várias denúncias sem fundamento por parte dos infratores e pessoas coniventes (geralmente familiares) nas
Ouvidorias das Policias Civil e Militar de Minas Gerais e, até mesmo, em ameaças de morte a policias militares do GEPAR. As ameaças de morte aos policiais do GEPAR da
Cabana do Pai Tomás não foram poucas, pois as mudanças no aglomerado não foram pequenas, os infratores estavam constantemente incomodados e não podiam mais agir livremente sem correrem o risco de topar com os policiais GEPAR. A implementação do
GEPAR e de sua aproximação com a comunidade seguindo a filosofia de Polícia
Comunitária também teve sua parte boa, com a satisfação da comunidade e troca de informações, apesar de todas as dificuldades encontradas, como a retaliação dos infratores aos cidadãos do aglomerado que se comunicassem com os policiais militares, os quais são