Geopolitica do petroleo
A geopolítica, como um objeto específico de estudo das relações internacionais, ressalta a importância de fatores geográficos sobre as relações políticas e econômicas entre os países. Assim, dados determinados limites físicos e populacionais, questões econômicas, culturais e geográficas, pode-se dizer que o entendimento sobre o que vem a ser geopolítica aborda a integração entre três aspectos, a saber: o aspecto ideológico, o político, e o econômico, muito embora às vezes determinado aspecto possa demonstrar maior importância diante de determinado assunto que possa ter maior relevância que os demais segundo o caso em questão.
Nesse sentido, por ser a principal fonte de energia da sociedade moderna, o petróleo aparece como um objeto de disputa não só econômica, mas também política. O acesso às fontes de energia, em especial o petróleo, será determinado por um conjunto de fatores geográficos e políticas governamentais baseadas numa mistura de considerações políticas e econômicas, cujos fatores irão variar de país para país.
A importância geopolítica do petróleo resulta de dois fatores principais: primeiro, o petróleo como combustível e matéria prima, é o que move as economias industrializadas; em segundo, as reservas e a produção de petróleo tendem a se concentrar em certos países menos desenvolvidos, enquanto a maior demanda se dá nas economias mais desenvolvidas e industrializadas.
Na América do Sul, onde há uma tendência a uma crise no Balanço de Pagamentos, o Brasil cada vez mais desponta no cenário local como uma potência no setor petrolífero, dada a eficiente atuação da estatal PETROBRAS, e as suas descobertas recentes de grandes jazidas, em especial o “Pré-Sal”, e a sua liderança de exploração em águas-profundas e ultra-profundas. Nesse contexto, onde a globalização econômica traz um sentimento de necessidade de integração entre os
Estados e uma divisão internacional do trabalho, torna-se indispensável analisar sob
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