O petróleo, no século XX, assumiu posição de destaque, haja vista as vantagens do seu uso, comparado às demais alternativas, dentre elas: maior rendimento calorífico-energético por unidade, facilidade de transporte por ser um fluido viscoso e, principalmente, a diversidade de subprodutos gerados após o processo de refinamento. Por exemplo, o mercado de hidrocarbonetos foi útil ao ramo de iluminação, mas conheceu seu apogeu quando deu propulsão aos serviços de transportes, principalmente aos grandes navios transatlânticos. Para iniciar a análise dos fatos passados, Salvador e Marques encontraram provas de que o petróleo já era citado na antiguidade, mais especificamente desde Estrabão, um dos primeiros geógrafos. Entretanto, foi em meados do século XIX que o combustível foi “redescoberto” e passou a influenciar a economia mundial. Ainda neste período ocorreu o primeiro grande conflito pelo controle de reservas: o “Great Game”, em que a Inglaterra imperial e a Rússia czarista ambicionavam o domínio sobre as reservas da Ásia Central, região esta, que só perde em quantidade de produção para o Oriente Médio. Neste conflito foram demarcadas fronteiras que até hoje assinalam o panorama geopolítico e geoestratégico mundial. No entanto, foi durante a I Guerra Mundial que surgiu o primeiro emblema real sobre o petróleo do Médio Oriente. O interesse britânico e francês era de expulsar o Império Otomano da localidade. Por conseqüência, no pós-guerra, foram criados os chamados paises árabes protetorados, o que fez com que tais nações não alcançassem autonomia própria. Já na II Guerra Mundial, a nova potência em ascensão, os Estados Unidos da América, transformou o petróleo em arma para derrotar, nas batalhas terrestres e na velocidade de deslocamento de tropas, tanto Alemanha quanto Japão. Compreenderam, então, que o acesso às reservas petrolíferas era condicionante para o sucesso estadunidense em confrontos futuros. Ao pensar a realidade do século XX, os autores