geografia
Nos últimos 20 anos, as guerras passaram por uma profunda transformação. A maioria delas já não ocorre entre países, mas dentro deles. As batalhas estão migrando cada vez mais das fronteiras para as cidades – e, em muitos casos, fica até difícil apontar quem é soldado e quem é civil. De todas essas guerras, as mais comuns são as provocadas por diferenças étnicas e religiosas.
O auge desse tipo de conflito ocorreu em 1991, ano marcado pelo colapso da URSS. Foi como se uma bomba-relógio tivesse finalmente explodido. Durante décadas, minorias de lealdades diversas haviam sido forçadas a viver dentro de fronteiras artificiais criadas por soviéticos na Europa Oriental e na Ásia, e por colonizadores europeus na África. Com o fim da Guerra Fria (e das amarras impostas por EUA e URSS), essas minorias irromperam em conflitos armados. Algumas foram motivadas por antigos ódios – na extinta Iugoslávia, por exemplo. Outras miravam o aparato do Estado – como na Somália. E outras ainda buscavam a separação – como ocorre na Chechênia. Em Ruanda e na Bósnia, conflitos étnicos acabaram se transformando em genocídios.
Iraque
Conflito entre sunitas e xiitas
Após sofrer com os atentados de 11 de setembro, os Estados Unidos decidiram empreender uma “guerra contra o terror” apontando os governos que poderiam representar riscos à paz mundial. Nesse sentido, o presidente norte-americano George W. Bush e seu Conselho de Estado passaram a fazer uma campanha política pregando a intervenção no chamado “eixo do mal”. Entre os países que compunham esse grupo, estaria o Iraque, na época, liderado pelo ditador Saddam Hussein.
No ano de 2002, os EUA tentavam por meio da Organização das Nações Unidas provar que o governo iraquiano preservava um poderoso arsenal de armas químicas. Partindo dessa denúncia, George W. Bush ameaçou atacar o Iraque caso o governo daquele