Um território divido entre extremos. Ao norte, o país mais fechado do mundo. Ao sul, uma aliada dos Estados Unidos, o país símbolo do liberalismo. Enquanto a Coreia do Sul aplica sanções contra a vizinha, esta insiste em investir em seu programa nuclear, e sobrevive ao total isolamento econômico e cultural à custa da miséria de sua população. Acredita-se que o regime totalitário da Coreia do Norte está próximo de um colapso. Esta ideia ganha cada vez mais força com os rumores de que o ditador Kim Jong II padece de uma grave doença. Coréia do Norte: É o país mais fechado do mundo. O governo ditatorial divide a população em três: entre 20% e 30% são leais; aproximadamente 60% são considerados neutros, e entre 10% e 20% são tidos como reacionários ou hostis. As autoridades se utilizam desta classificação para decidir quem pode cursar a universidade ou quanto alimento irá receber, por exemplo. Os norte-coreanos não podem ler jornais, revistas, ou livros estrangeiros, e jornalistas apenas podem entrar no país com a autorização do governo, uma tarefa praticamente impossível. O inviável sistema comunista do país matou de fome cerca de 3 milhões de pessoas no fim dos anos 1990, já na gestão de Kim II-sung. O PIB do país corresponde a 3,1% do PIB sul-coreano. A economia está estagnada há quase quinze anos. A desnutrição da população, que sofre com a fome crônica há doze anos, fica evidente de todas as formas, como na avaliação da estatura dos norte-coreanos, que são, em média, sete centímetros mais baixos que os coreanos capitalistas. Hoje, o governo concenta forças na Campanha dos 150 dias: quer crescer 20% até 2012, ano do aniversário de 100 anos do “presidente eterno”, Kim II-sung. Responsável pelos dois testes nucleares neste século, ameaçou “varrer” os Estados Unidos e a Coreia do Sul, sob a justificativa de que poderia ser atacada por eles. Em 2002 confessou que mantinha seu projeto nuclear. Os Estados Unidos suspenderam a ajuda e mesmo assim mantém testes com