Geografia
A colonização do Brasil não se caracterizou pelo propósito de formar uma nação por parte da Coroa portuguesa, que apenas se limitou a garantir a posse do imenso território. A fórmula encontrada para isso foi a exploração dos recursos naturais, com a instalação de algumas atividades econômicas aproveitando a mão-de-obra indígena, aparentemente numerosa e de baixo custo. Posteriormente os portugueses passaram a buscar trabalhadores em suas colônias da África, o que significou a imigração forçada de um enorme contingente populacional, durante pelo menos dois séculos. Mesmo após 1822, com a proclamação da independência política, a estratégia do Estado e das elites não esteve voltada à formação de uma unidade nacional estruturada nos habitantes de seu vasto território. A imigração para o Brasil iniciou-se em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Sousa. Os portugueses que vinham para cá estavam interessados apenas na extração de recursos naturais para comercializá-los na Europa. Com a criação das capitanias hereditárias e o início da lavoura de cana-de-açúcar, houve a fixação de portugueses e escravos negros no país. Durante o período colonial, ocorreram diversas invasões estrangeiras no Brasil, sobretudo de franceses, holandeses e britânicos. Alguns deles chegaram a fixar-se em pontos do território, mas acabaram expulsos pelos portugueses, muitas vezes com o apoio de povos indígenas.
Desenvolvimento:
Não é possível estimar quantos escravos negros ingressaram no Brasil, quais os anos de maior fluxo, por qual porto entraram e de que lugares da África provieram. Entre as correntes imigratórias especificadas no gráfico, a mais importante foi a portuguesa, que se iniciou em 1530 e se estendeu até 1986. Além de serem numericamente mais significativos, os imigrantes portugueses espalharam-se pelo território nacional. A partir de 1986, entretanto, começou a haver uma inversão de fluxo, explicada pelo ingresso de Portugal na União