Geografia

Geografia da Saúde

Epidemiologia e transição epidemiológica

-O desafio das doenças emergentes e a revalorização da epidemiologia descritiva na América

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra 2011/2012

Índice

Introdução ,3,4
Epidemiologia Descritiva 5
Doenças Emergentes e Reemergentes 6
Alguns exemplos de doenças emergentes e o papel da epidemiologia descritiva em sua elucidação 7,8,9
Desafios face às doenças emergentes e reemergentes 10,11
Conclusão12

Introdução

As décadas de 40 e 50 assinalam, na América, o momento da transição do perfil de morbidade das doenças infecciosas e parasitárias para problemas crónicos e degenerativos.
Os sucessos obtidos nas primeiras décadas deste século, no controle das doenças infecciosas e parasitárias, através dos programas de imunização em massa, do controle de vectores e do saneamento ambiental pareciam indicar que o conhecimento disponível era suficiente para o manejo das doenças transmissíveis.
A metodologia de inquérito epidemiológico e as técnicas da epidemiologia descritiva utilizadas na caracterização desses problemas, no âmbito populacional, pareciam não necessitar de maiores refinamentos.
A Agência Norte-Americana, criada durante a campanha de erradicação da malária no Sul dos Estados Unidos, foi transformada em Centro de Controle de Doenças e se encarregou de implantar o sistema de vigilância epidemiológica no País.
Na medida em que as doenças transmissíveis, sujeitas à vigilância, vão se tornando mais raras, a importância política desses órgãos destinados ao controle também vai diminuindo. Assim, na década de 80, sob o impacto de administrações republicanas nos Estados Unidos e no contexto da crise fiscal dos governos ocidentais, o corte das verbas destinadas à saúde pública promove um progressivo desmantelamento dessas estruturas.
Ao mesmo tempo, na epidemiologia, o interesse dos investigadores desloca-se, cada vez mais, para as doenças crónicas, desaparecendo progressivamente,