GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICA: DISCURSOS SOBRE O TERRITÓRIO E O PODER.
Segundo Castro, embasada nas afirmações dos grandes teóricos, a Geopolítica é um subproduto, uma categoria reducionista da Geografia Política e empobrece a ciência sujeitando-a a todo tipo de confusão terminológica. O termo Geopolítica utilizado por Kjéllen que foi o pioneiro da implantação dessa “nova ciência” expressa as concepções de relações entre Estado e território intencionalmente dirigida aos “estados-maiores” submetendo-se aos requisitos das estratégias de conquista e de domínio.
A relação entre espaço e poder manifestava-se em um momento histórico que envolvia o mundo em escala global impulsionada pelo imperialismo, em meados do século XX, caracterizado pelo desenvolvimento de potências mundiais. O caráter imperialista da economia e das políticas territoriais das grandes potências que se centralizavam na conquista e no controle de mercados através de disputas associando assim à concepção de domínio de espaço a concentração de poder. O fenômeno do imperialismo está intimamente associado ao imperialismo, modo pelo qual as grandes potências, essencialmente a Inglaterra, articulavam o crescimento e a modernização capitalista interno com a expansão e o domínio territorial interno.
O poder agregados pela colônias estava relacionado muito mais ao poder de Estado obtido e exercido diretamente em hegemonias territoriais internas ao império que propriamente a hegemonias econômicas de tipo imperialista e neocolonial, já que em sua maioria apresentavam economias assentadas ainda fortemente nas atividades primárias, tendo iniciado tardiamente o processo de industrialização.
O quadro geral de constituição e consolidação das potências mundiais e o imperialismo como modo dominante nas relações internacionais acirra disputas pela hegemonia numa escala de nível mundial, que no final do século XIX, é representado pelo EUA. O país de fato tornou-se uma grande potência e o quadro geopolítico