Geofísica da Província de Carajás
A utilização dos aerolevantamentos geofísicos para estudos geológicos e para prospecção mineral, no Brasil, tem se baseado, principalmente, nos métodos magnetométricos e gamaespectrométricos. Sua aplicabilidade é bem justificada em áreas de difícil acesso ou escassos em afloramentos, bem como pelo baixo custo da pesquisa, se comparado aos mapeamentos geológicos/geofísicos terrestres tradicionais.
Os levantamentos aéreos, com recobrimento regional, possibilitam traçar estruturas e delimitar diferentes litotipos. Para uma avaliação local de R1 e R2, serão utilizados posteriormente outros métodos geofísicos para delimitação dos corpos, pois a magnetometria nesse sentido não possui grande aplicabilidade.
3.1.2 Método Magnetométrico
O principio de aquisição e análise de dados magnéticos baseia-se no fato de que as variações nas propriedades magnéticas das rochas resultam em anomalias ou perturbações no campo geomagnético, que podem ser identificadas e medidas remotamente.
O método magnético fornece valiosas informações de sub-superfície permitindo inferências sobre os corpos não aflorantes (susceptibilidade, profundidade, atitudes e dimensões), limites de bacias, lineamentos estruturais, contatos geológicos e sobre prospecção de petróleo (Vasconcellos et al., 1994).
O campo geomagnético é composto pelo campo principal, que está relacionado à estrutura interna da Terra; pelo campo externo (variações diurnas), que possui origem externa relacionada aos impactos dos ventos solares com a ionosfera; e por variações do campo principal, causadas por anomalias magnéticas próximas da superfície da crosta terrestre. Tais variações (anomalias magnéticas) constituem os principais objetos de análise, podendo ser interpretadas para determinação das características geométricas e magnéticas dos corpos causadores em profundidade.
Assim, o campo magnético terrestre induz à formação de um campo magnético secundário nas rochas geralmente