Genética
As Origens da Genética
A Genética é a parte da Biologia que estuda a transmissão do material genético ao longo das gerações, a natureza química desse material e o seu modo de ação. Perguntas sobre como os seres vivos transferem suas características para os descendentes sempre foram alvo de muita especulação, desde o início das civilizações.
1. Primeiras ideias Antes da descoberta dos gametas, acreditava-se que o sêmen masculino determinava as características do novo indivíduo. Se o sêmen tivesse sido formado no testículo direito, o indivíduo seria macho; se fosse no testículo esquerdo, seria fêmea. A mãe seria apenas a "incubadeira", onde se desenvolveria o novo ser. Aristóteles propôs que o animal se formava da matéria-prima existente no ovo e que os órgãos iam se desenvolvendo aos poucos.
2. A descoberta dos gametas Os gametas foram descobertos no século XVII por Regnier de Graaf e Anton van Leeuwenhoek. Graaf afirmou que as fêmeas produziriam "partículas geradoras" que migravam dos ovários até o útero, atraídas pelo sêmen masculino. No útero essas "partículas" se desenvolveriam, originando um novo indivíduo. Essas partículas atualmente são conhecidas como óvulos somente foram descritas no século XIX, por Karl Ernst von Baer. Leeuwenhoek descobriu os espermatozoides pela análise do sêmen masculino. Ao observá-los, esse cientista os descreveu como "pequenos animais" com cabeça e cauda, os quais ele chamou animálculos. Muitos anos depois, Karl Ernest von Kölliker comprovou que os espermatozoides eram formados nos testículos. 3. A teoria da pré-formação Até o século XVIII, a teoria mais aceita era a da pré-formação, segundo a qual haveria indivíduos pré-formados no interior do ovo. Com a descoberta dos gametas, havia duas correntes de cientistas: os ovistas (acreditavam que haveria um indivíduo pré-formado no interior dos óvulos) e os espermistas (acreditam haver indivíduos pré-formados dentro dos espermatozoides).