Genoma
A pesquisa em genômica no país começou em maio de 1997, quando a FAPESP organizou a Rede ONSA (do inglês, Organização para Seqüenciamento e Análise de Nucleotídeos), instituto virtual de genômica formado inicialmente por 30 laboratórios ligados a instituições de pesquisa do Estado de São Paulo.
Em parceria com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), o primeiro projeto brasileiro decifrou o material genético da bactéria Xylella fastidiosa, causadora da clorose variegada de citros (CVC), ou praga do amarelinho. O projeto foi concluído em novembro de 1999 e o país entrou para a história pelo primeiro seqüenciamento de um fitopatógeno – um organismo causador de uma doença em uma planta de importância econômica.
O segundo projeto, o Genoma Cana, iniciado em 1988, identificou 50 mil genes da cana-de-açúcar para descobrir genes envolvidos com o desenvolvimento, a produção e o teor de açúcar da planta, assim como sua resistência a doenças e a condições adversas de clima e solo.
O projeto Genoma Humano do Câncer começou em abril de 1999 e conseguiu identificar, em menos de um ano, um milhão de seqüências de genes de tumores mais freqüentes no Brasil. Como conseqüência, foi criado o projeto Genoma Clínico do Câncer, que visa desenvolver novas formas de diagnóstico e tratamento do câncer a partir do estudo de genes expressos. Este projeto envolve oncologistas e cirurgiões paulistas na análise dos genes expressos em quatro tipos de manifestação do câncer: as doenças linfoproliferativas, tumores gastrointestinais, tumores neurológicos e de cabeça e pescoço.
Concluído em maio de 2002, o Genoma Xanthomonas mapeou variantes da bactéria que causam o cancro cítrico e atacam outros vegetais, a X. citri e a X. campestri. Esse resultado poderá ter impacto sobre todas as pesquisas de patógenos de plantas, porque o estudo para definir formas de combater a citri foi feito em comparação com a campestri, que tem uma característica muito favorável