Genoma revela origem e evolução das abelhas produtoras de mel
Genoma revela origem e evolução das abelhas produtoras de mel
Análises genéticas em ampla escala feitas por pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, com colaboradores de vários países, sugeriram alterações sobre o que se sabe atualmente sobre a evolução das abelhas que são responsáveis pela produção de mel mundial, a Apis mellifera. Num artigo publicado no dia 24/08 na revista Nature Genetics, o grupo liderado por Matthew Webster fala que as abelhas não são nativas da Africa, e sim da Ásia; os resultados podem também explicar um pouco sobre a abelha que existe no Brasil, conhecida como africanizada por ser um híbrido acidental entre a subespécie italiana e a africana. “Apesar de a população africana introduzida no Brasil ter sido pequena, menos de 50 rainhas inseminadas, as nossas abelhas têm muitas das características encontradas nas da África”, explica a bióloga Zilá Simões, da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, coautora do trabalho.
Esse estudo não é o primeiro a mostrar que as abelhas presentes no Brasil apresam mais caractentristicas genéticas das abelhas africanas, do que das presentes no continente europeu.. Zilá conta que o biólogo Marco Del Lama, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), já tinha mostrado a mesma coisa com estudos bioquímicos da enzima malato desidrogenase. É claro que agora, com mais dados, a conclusão tem muito mais força.
Segundo a pesuisadora de Ribeirão preto, a pesquisa que entrou na publicação de agosto teve inicio a 3 anos num congresso na Dinamarca, em que o pesquisador Matthew Webster propôs fazer uma amostragem extensa para verificar a interpretação anterior, por outro grupo de pesquisa, de que as abelhas teriam surgido na África e colonizado a Europa por meio de três ondas migratórias. Para isso, eles sequenciaram o genoma completo de 140 amostras de abelhas oriundas de 14 populações distintas, inclusive a brasileira. Os