Genocídio, extinção e violência sobre os povos indígenas

Genocídio, extinção e violência sobre os povos indígenas
Cerca de 60 % dos índios vivem na chamada “Amazônia legal”, mas registra-se presença de índios em quase todo território Brasileiro. Das mais de quinhentas tribos indígenas existentes no Brasil, a maioria encontra-se legalizada e um quinto está em processo de legalização. É de conhecimento geral que as terras indígenas são fundamentais para a sobrevivência física e cultural dos índios, por serem tradicionalmente povos que produzem e caçam seu próprio alimento e por estabelecerem com elas uma relação simbólica. Embora a posse dessas terras seja permanente das comunidades indígenas que as ocupam, a maior parte delas é afetada de alguma forma por invasores. Em geral essas invasões estão relacionadas à exploração de madeira, exploração de metais, atividades agropecuárias, e a construção de rodovias e hidroelétricas. O interesse pela posse dos recursos naturais existentes nas terras indígenas acarretam perturbações ecológicas, em conseqüência do desmatamento, extinção de espécies da flora e da fauna, além da poluição ambiental, e muitas vezes fazem com que os índios se afastem das terras. Deste modo a atual constituição infligiu restrições a remoção dos grupos indígenas de suas terras, e o aproveitamento de riquezas da terra e seus recursos que somente podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional. Essas limitações constitucionais, no entanto, necessitam concretizar-se através de um programa eficiente de vigilância e proteção das terras indígenas. A disseminação de doenças infecciosas, origem de conflitos e invasão de territórios, são os principais problemas encontrados pelos índios. É por isso que as comunidades mais preservadas são aquelas localizadas relativamente à margem desses movimentos. Mas, quando atingidas, suas opções são limitadas: podem deslocar-se para regiões mais isoladas, correndo o fisco de invadir territórios de outras populações indígenas, ou tentar reorganizar seu modo de