Genetica de populações
Introdução
A ocorrência das mutações gênicas soma novos alelos ao conjunto gênico de todas as populações. Graças à ocorrência das permutações, esses novos alelos se misturam aos pré-existentes, determinando a enorme variabilidade verificada dentro dos grupos de seres vivos. Sobre essa mistura de características, atua a seleção natural. Os organismos dotados das características mais adaptativas tendem a sobreviver e gerar descendentes em maior número do que aqueles desprovidos dessas características. Como dissemos no capítulo anterior, a seleção natural estabelece uma "taxa diferencial de reprodução".
Pela atuação desses fatores (mutações e seleção natural, principalmente), o equipamento genético das populações tende a se alterar, com o passar do tempo. Portanto, as populações não são imutáveis!
Em 1 950, o biólogo Theodosius Dobzhansky postulou um conceito genético para as populações. Segundo ele, uma população é um conjunto de indivíduos que se reproduzem sexuadamente, compartilhando um conjunto de informações genéticas e mantendo um patrimônio gênico comum.
Em cima do conceito genético de população, muitos postulados foram lançados, todos partindo de uma "população ideal". Essa população ideal foi chamada de população mendeliana, e apresenta as seguintes características:
· deve ser uma população muito grande.
· todos os cruzamentos podem ocorrer com igual probabilidade, casualmente, permitindo uma perfeita distribuição dos seus genes entre todos os seus indivíduos. Uma população assim é conhecida como população panmítica (do grego pan, total, e miscere, mistura).
· não deve estar sofrendo a ação da seleção natural, podendo manter com igual chance qualquer gene do seu conjunto, sem que nenhum tenha a tendência de ser eliminado.
· não há a ocorrência de mutações, que acrescenta novos genes ao patrimônio gênico da espécie.
· não há fluxo migratório entrando ou saindo dessa população, pois eles acrescentam ou