Genética de Populações
POPULAÇÕES
Raysildo B. Lôbo
USP-FMRP
INTRODUÇÃO
Uma população é composta de indivíduos da mesma espécie, que se acasalam e que apresentam certas características em comum. A Genética de Populações é um ramo da
Genética que trata das frequências alélicas e genotípicas nas populações e as forças capazes de alterar essas frequências ao longo das gerações e consequentemente, busca interpretar os fenômenos evolutivos.
A estrutura da população é determinada pela soma dos fatores que governam as forças pelas quais os gametas se unem para formar os zigotos da próxima geração. O tamanho da população é importante na determinação da sua estrutura. Se a população for pequena, ela apresentará uma certa endogamia, alterando sua estrutura; se for grande e a união dos gametas aleatória, a população apresentará equilíbrio genético. Os genes e genótipos, na ausência de outras forças que favoreçam a formação de um ou outro gameta, permanecerão na mesma proporção, geração após geração.
A Genética de Populações nasceu por volta de 1903 com a publicação por Castle de um artigo onde desenvolvia um princípio simples, que relacionava, em uma população ideal constituída por indivíduos com reprodução sexuada que se acasalam ao acaso, as frequências genotípicas. Esse princípio, no entanto, passou à História da Ciência com o nome de Lei de Hardy-Weinberg.
No período de 1903 a 1930 ocorreram as grandes descobertas em Genética de
Populações, podendo-se destacar os nomes Fisher, Wright e Haldane, dentre outros.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1. População mendeliana
Grupo de indivíduos da mesma espécie que se intercasalam e que por isso apresenta propriedades numa dimensão de espaço (devido ao intercasalamento dos indivíduos da mesma espécie) e de tempo (devido aos elos de reprodução).
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2. Frequências gênicas e genotípicas
Para descrever a constituição genética de um grupo de indivíduos, seria necessário especificar seus genótipos e saber