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"O risco de reduzir a verdade política a uma opinião política particular precisa ser combatida com energia e, quase sempre, a lógica das decisões políticas exclui a preocupação com a verdade política", escreveu Claudio Andrade
Diario de Guarapuava Claudio Andrade
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Precisamos pensar a política com mais política e menos poder e voltar a considerar aquilo que é realmente de relevância pública, ou seja, a sobrevivência de nossa cidade em um patamar de razoabilidade para uma vida decente, pensando sempre no bom destino de nossa cidade. Existe uma verdade implacável que precisamos nunca perder de vista: não temos vocação para o suicídio coletivo. Ufa! Como diria o guarapuavano: “menos mal”. Máximas como “não podemos jogar fora nosso miolo para ficar apenas com a casca” e “não podemos atirar em nós mesmos” devem prevalecer. Ora, quando tudo parece estar perdido ou sem sentido, encontramos uma alternativa, uma saída estratégica para continuarmos vivendo de forma decente. A verdade é que precisamos viver em um ambiente agradável, bom para todos. Carecemos de uma cidade que possa ter uma forma de vida especial, incomum, talvez mesmo singular, um modo de viver junto, de se relacionar com os outros e de ganhar com a presença de todos.
O risco de reduzir a verdade política a uma opinião política particular precisa ser combatida com energia e, quase sempre, a lógica das decisões políticas exclui a preocupação com a verdade política. E a verdade política é uma só: precisamos viver bem e juntos. Quando o debate político caminha para a satisfação pessoal e particular deste ou aquele grupo, desta ou daquela pessoa, corre-se o risco de não conseguir entender quem tem razão e quem está errado, resultando numa torre de babel destrutiva. Não é pedagógico desconstruir por desconstruir, criticar por criticar, cobrar por cobrar. Precisamos ter em mira a defesa de um fundamento e, preferencialmente, um fundamento que