gemelaridade
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Gestação Gemelar
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Gestação Gemelar
Gestação Gemelar
INTRODUÇÃO
A gemelaridade está associada a elevados índices de morbidade e mortalidade neonatais que resultam da alta incidência de complicações pré-natais (maternas e fetais) e trabalho de parto prematuro. Dentro deste contexto, a ultra-sonografia tem um papel fundamental no diagnóstico pré-natal de condições patológicas freqüentes na gestação múltipla, tais como o CIUR, malformações fetais e síndrome de transfusão fetofetal.
AVALIAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA
Uma avaliação adequada deve se iniciar pela identificação do número de fetos, na biometria fetal, e avaliação da cório e amniocidade.
Em gestações gemelares, conta-se o número de sacos gestacionais e o número de batimentos cardíacos embrionários. Um dos gêmeos pode desaparecer, principalmente quando o diagnóstico é feito pela identificação dos sacos gestacionais e não dos batimentos cardíacos fetais.
A biometria fetal é extremamente importante, já que o CIUR é um dos grandes responsáveis pela alta mortalidade perinatal. A curva de crescimento de gemelares deve ser a mesma padronizada para fetos únicos. Notase, porém, comparando-se com a gestação única, uma queda na curva de crescimento começando na 28a semana de gestação.
O diagnóstico da corionicidade é mais fácil antes da 10a semana de gestação. A placenta pode ser dicoriônica ou monocoriônica.
Na dicoriônica, observam-se duas placentas separadas que, com o evoluir da gestação, podem se fundir. O sinal do lambda é caracte-
rístico da gestação dicoriônica, onde se observa, no nível da fusão das placentas, imagem afunilada mais hiperecogênica. As monocoriônicas estão relacionadas a um aumento da taxa de mortalidade, principalmente pela presença de anastomoses arteriovenosas que se formam, por vezes descompensando hemodinamicamente os fetos. O diagnóstico de monocorionicidade é feito precocemente, com a