GATTACA

Genética Humana

SÃO PAULO
2014
O filme tratado neste trabalho, se passa em um tempo e sociedade que divide sua população não em classes sociais ou raciais, mas classes genéticas, onde há os “inválidos”, que são homens nascidos de relações biológicas e os “validos”, pessoas que são fruto de uma seleção geneticamente perfeita e as pessoas desse tempo se relacionam a partir dessas técnicas de manipulação dos genes.
Nesta sociedade, somente aqueles que possuíam genótipo perfeito (para isso, manipulado) poderiam ter acesso aos serviços de qualidade e teriam melhores oportunidades. Fica bastante explícito como a teoria da superioridade genética (eugenia) pode afastar e desumanizar as pessoas que acreditam que apenas os selecionados geneticamente tem possibilidade de crescimento e sucesso.
Aqui, a importância está no genótipo (característica presente no DNA) e o fenótipo (como a característica se manifesta) de uma pessoa não era levado em conta.
Por conta das imposições, muitas vezes também ilegais dessa sociedade, um “invalido” burla o sistema através de um “pirata da genética” e compra uma identidade geneticamente perfeita para consiga ingressar na GATTACA, empresa que realiza viagens espaciais e realizar seu sonho de viajar ao espaço, sonho este que anteriormente vetado por sua incapacidade genética.
Façamos uma observação de genótipo e fenótipo a partir dos irmãos Vincent e Anton, personagens do filme.
Enquanto Vincent era classificado como INVALIDO pela sociedade por ser concebido biologicamente, ter sido “planejado por Deus”, e ter pré-disposição para diversas limitações entre elas, neurológicas, físicas, cognitivas, cardíacas, e ter expectativa de vida de trinta anos e dois meses, seu irmão VALIDO, geneticamente planejado e concebido, não possui nenhuma pré-disposição para doenças hereditárias ou mesmo condições prejudiciais como calvície, miopia, alcoolismo, susceptibilidade à vícios ou propensão para violência.
Vemos no decorrer do filme que a