gato preto
Um homem e uma mulher apaixonados por animais são casados. De todos os bichos, um gato preto chamado Plutão é o animal favorito do protagonista. A afeição que o homem sente pelo gato começa a se transformar em irritação. O homem arranca uma das órbitas do bicho e depois o enforca.
Algum tempo depois, um novo gato preto cruza o caminho do homem. Se não fosse por uma mancha branca no pescoço – que poderia ser uma marca do enforcamento – o gato seria idêntico ao Plutão.
Sentindo-se culpado, o homem fica atormentado com a presença do Gato. Em um momento de raiva e loucura, ao tentar matar o gato, a mulher o impede, e o homem acaba a matando. Depois de esconder o corpo atrás de uma parede, o gato também parece ter deixado o homem em paz.
Durante uma das investigações, os policiais estão quase indo embora convencidos de que não há nada de errado, quando o protagonista bate na parede falando sobre como a casa tinha sido bem construída. Um som de criança gemendo seguido por um grito inumano faz a polícia descobrir o cadáver da mulher e o gato em cima dele.
"Eu havia emparedado o monstro dentro da tumba!", frase final do conto.
Escrito por Edgar Allan Poe, O Gato Preto é um dos contos mais fascinantes e conhecidos do autor, presente no livro Histórias Extraordinárias – uma coletânea das estórias criadas pelo contista –, publicado no Brasil, em 2002, pela Editora Nova Cultural.
Além de escrever contos, Poe também era poeta e crítico literário. Os textos do autor trazem sua visão sobre o lado obscuro dos seres humanos. Diferente do terror sobrenatural, as estórias de Poe abordam o terror psicológico, e talvez por isto as pessoas se identifiquem, pela possibilidade real de acontecer.
No conto 'O Gato Preto' fica evidente o estilo de escrita de Edgar Allan Poe. Por exemplo, o escritor acreditava que os contos deveriam ser lidos em uma sentada, fazendo menção ao tamanho, estrutura e a capacidade que o texto deveria ter de prender o