GASTRONOMIA Exotica - HIBISCO
1- Introdução
As espécies vegetais com potencial alimentício no Brasil é muito maior do que se imagina. Ao deparar-se com algumas espécies da flora brasileira por região, observa-se que as espécies tratadas e estudadas são incipientes (Knupp, 2007). Ainda faltam informações sobre qual percentual da flora nativa brasileira possui potencial alimentício. As flores comestíveis são tradicionalmente utilizadas na Europa, na Índia, Inglaterra, Ásia e Oriente Médio.
Na América também passou a ser utilizada como alimento, porém de forma menos intensa. Além das flores nativas aqui existentes, outras foram importadas pelos chineses como mudas de jasmim e camélia sinensis, cujas flores de suave perfume, eram utilizadas na china para aromatizar chás. Os botões florais picantes e aromáticos do craveiros-da-terra, nativos da mata atlântica brasileira, eram bastante apreciados na época do Brasil colônia. Atualmente, as flores comestíveis, passam a despertar interesse gastronômico pelo seu sabor, cores e perfumes diversos provenientes dos óleos essenciais que a compõem (NEPOMUCENO, 2005).
Hoje, na cozinha oriental, são utilizados comumente botões de hemerocallis (uma espécie de lírio), como também, na cozinha italiana, flores de abóbora empanadas. Sua ampla aplicabilidade culinária em saladas, sanduiches, sopas, geléias, compotas, recheios de pescados, bebidas e infusões, entre outros, passam a despertar interesse pelo assunto. Destaca-se ainda, sua função de ornamentar, finalizar, e acrescentar beleza e aroma as preparações. (Felippe, 2003). Existem três grandes grupos de substâncias químicas relacionadas às cores das flores: os flavonóides, os carotenóides e as clorofilas (ARROIO, 2005).
Os Flavonóides são uma categoria de compostos produzidos por plantas com alto potencial de bioatividade. As Antocianinas são os pigmentos flavonóides responsáveis pelas cores vermelho, rosa, púrpura e azul. Para os seres humanos estas