Gastronomia arabe
Nem só de esfihas e quibes crus se faz uma boa refeição árabe. As famosas especiarias do Oriente que seduziram o Velho Continente, fazem toda a diferença desses pratos. Além do universo de temperos, a grande marca dessas iguarias é a mistura requintada das carnes e verduras introduzida no Brasil pela comunidade da Síria e do Líbano, cuja população no país foi estimada em 10 mil pessoas em 2001.
“Nossa culinária tem muita verdura também. Cenoura, tomate e outros legumes são sempre usados nas receitas. Ninguém come carne demais” diz o libanês naturalizado brasileiro Samir Jomaa, que ao lado do irmão, Armando, é proprietário do Shabab‘s, tradicional reduto da gastronomia árabe em Santo André.
Além de muito saborosa e nutritiva, a cozinha árabe é própria para dias de festa, já que as receitas foram pensadas exatamente para aconchegar convidados. “Uma das principais características é realmente a fartura. Os árabes gostam de receber bem, com mesas cheias de comida e esperam que as pessoas comam bastante. E o tempo todo”, diz Beto Isaac, proprietário e chef do restaurante Arabesco. “E a culinária árabe é muito popular também por outros cantos do mundo. Até hoje penso se o hambúrguer foi realmente inventado na Europa, já que se parece muito com um derivado da kafta (espetinho de carne temperado)”, afirma Isaac.
Os pratos têm uma variedade enorme de sabores e podem se adaptar a diversas ocasiões. O cordeiro com gengibre, por exemplo, é um prato para ocasiões em que se recebem várias pessoas. Já a leveza e a praticidade são a marca do sanduíche no pão sírio e de uma das saladas mais populares dessa gastronomia, o tabule, que mistura tomate, cebola e pepino com o toque charmoso do trigo.
Sabores da Culinária árabe
Carnes
O carneiro é o principal animal consumido. Sua carne é assada ou guisada, normalmente recheada e ricamente temperada. A carne de cabrito, a galinha e o peru também são apreciados.
Grãos
Entre os grãos destacam-se o trigo, a