Gases nobres
Ao observar o eclipse total do Sol, em 1868, o astrônomo Norman Lockyer descobriu uma faixa amarela em torna do astro. Sua existência foi atribuída à presença de um elemento químico não conhecido até então, que recebeu o nome de hélio.
O hélio, elemento químico de símbolo He, é o mais abundante da Via Láctea depois do hidrogênio. Na atmosfera terrestre, está presente na proporção de 1/200.000. Entre os elementos químicos conhecidos é, depois do hidrogênio, o de menor peso atômico. Pertence ao grupo dos gases nobres ou inertes, assim chamados por dificilmente reagirem a outros elementos ou compostos. Sua estrutura atômica compõe-se de um núcleo com dois prótons e dois nêutrons orbitando a sua volta. As moléculas de hélio são monoatômicas e quase sempre se apresentam na forma gasosa. As forças intermoleculares são tão fracas que o gás só sublima (passa do estado gasoso para o sólido) quando submetido a altas pressões e temperatura acima de -272,2º C, próxima do zero absoluto.
O hélio é normalmente obtido do gás natural, que contém de dois a cinco por cento do elemento, condensando-se os gases da mistura e passando-se os resíduos sobre o carvão, na temperatura do ar líquido. As impurezas ficam retidas e o hélio se desprende.
O hélio desempenha um papel fundamental na formação e na estrutura de estrelas e galáxias. Por compressão gravitacional, as estrelas jovens alcançam temperaturas muito elevadas, que ativam processos nucleares de fusão de átomos de hidrogênio e conseqüente a produção de hélio. As estrelas antigas, como o Sol, podem apresentar, dependendo da proporção de hidrogênio e hélio nelas presentes, diversos tipos de reações nucleares em que esses elementos atuam como combustível. Por ser um gás leve, o hélio é usado para encher dirigíveis e balões, com a vantagem, sobre o hidrogênio, de não ser inflamável.
Neônio
Símbolo: Ne
Número atômico: 10
Peso atômico: 20,179
Ao ser atravessado por uma corrente elétrica, o neônio, submetido a baixas