Gama filho
Gama filho, fundada em 1939, que já teve alguns dos cursos mais concorridos do país, passa por situação complicada. Os professores, na última quinta-feira, marcaram 10 dias de greve. Eles reivindicam os salários atrasados de janeiro, fevereiro e gratificações das férias de 2012 e 2013. O grupo Galileu comprou as instituições em 2011 e é um dos principais investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI que apura denúncias contra entidades particulares de ensino superior do Estado irá finalizar ainda este mês o relatório que acusará o grupo da Gama Filho de vários crimes. Alguns deles são: estelionato, por receber as mensalidades sem prestar serviço, apropriação indébita, por descontar os encargos sociais e impostos sindicais e não repassá-los e formação de quadrilha. A CPI foi criada pelos deputados estaduais, Paulo Ramos (PDT) e Robson leite (PT) que vão protocolar na justiça um pedido de intervenção do MEC nas universidades. O presidente do grupo, Alex Porto de Faria, afirmou em nota que as duas entidades estavam em situação muito precária e que não havia caixa para fazer os pagamentos em atraso. Admitiu também que a dívida girava em torno de 900 milhões, embora sua receita seja aproximadamente 11 milhões por mês. Alex Faria declarou que os problemas já vinham antes da Galileo assumir as duas universidades e que tentava parcelar o passivo trabalhista e reestruturar as duas instituições. Os alunos sem estudar e efetuando o pagamento da mensalidade, carecem de informações. Os estudantes de medicina são os mais prejudicados. O hospital, São Bernardo, na Barra da Tijuca foi transformado em hospital-escola privado da Gama Filho, mas três meses depois foi fechado e as aulas voltaram a ser na Santa Casa. Hoje, a instituição se encontra inadimplente com a clínica deixando os estudantes sem lugar para realizar as aulas práticas. Alunos, funcionários e professores comentam sobre