Galileu e a metodologia

A partir da reflexão sobre o documentário “Gênios da Ciência - Galileu Galilei”, que conta a história do cientista italiano com ideias avançadas para o seu tempo, explorando sua vida particular e profissional, através de seus estudos, descobertas, contribuições e suas consequências, somada à leitura dos textos complementares, os quais abordam os temas “Universidade, Ciência e Formação Acadêmica” e “A Pesquisa em Ciências Humanas”, chega-se à conclusão de que há relações intrínsecas entre os conteúdos apresentados. Galilei viveu no período da Idade Média, também denominada por muitos intelectuais modernos como “Idade das Trevas”, uma vez que muita produção científica foi contida ou até proibida pela Igreja Católica, representante da autoridade durante o período, a qual impôs suas crenças como o padrão de conhecimento e acusou qualquer intelectual que elaborasse um paradoxo contrário de praticar heresia, ou seja, a filosofia tende a ser denominada pela religião. Essa relação é um exemplo de indução, no qual a ideia parte do particular (Clero) para o geral (sociedade). A teologia e a ciência travam assim um confronto durante o período, a medida que os intelectuais enfrentam os dogmas do catolicismo, elaborando teorias que mais tarde mostrariam que alguns dos conceitos impostos pela Igreja estavam equivocados. Os filósofos, a partir de 1600, começam a ter uma preocupação maior com o conhecimento adquirido através dos sentidos, tendo como base o empirismo e a comprovação das hipóteses, deixando o conhecimento estritamente especulativo em segundo plano. Pode-se dizer que os filósofos foram os primeiros cientistas da humanidade. No início, usavam os mitos para tentar explicar a realidade e então, a partir do século XVII, começaram a explicar a realidade através da razão humana atrelada à experimentação. Ao dizer que “Bons filósofos são como águias, voam sozinhos”, Galilei quis dizer que, ao invés de pensarem como toda sociedade e tirar conclusões a partir do