galera
O conhecimento e os primeiros filósofos Quantos nós estudaram o nascimento da filosofia na Grécia vem que os primeiros filósofos dedicavam – se a um conjunto de indagações principais: “Por que e como as coisas existem?”, “O que é o mundo?”, “Qual a origem da natureza e quais as causas de sua transformação?”. Essas indagações colocavam no centro a pergunta: “O que são as coisas?”. Os primeiros filósofos ocupavam-se com a origem e a ordem do mundo, o cosmos, e a filosofia nascente era uma cosmologia. Pouco a pouco, passou-se a indagar o que era o próprio cosmos, qual era o princípio eterno que ordenava todas as coisas e que permanecia imutável sob a multiplicidade e transformação delas. Esse princípio era concebido como o fundo imperecível presente em todas as coisas, fazendo-as existir tais como são. Esse fundo presente em todas as coisas é o ser. Assim, passou-se a perguntar qual era e o que era o ser, tó ón, subjacente a todos os seres. Com isso, a filosofia nascente tornou-se ontologia, isto é, o conhecimento ou saber sobre o ser. Todavia, a opinião de que os primeiros filósofos não se preocupavam com nossa capacidade e possibilidade de conhecimento não é exata. Para tanto, basta levarmos em conta o fato de afirmarem que a realidade é racional e que a podemos conhecer por que também somos racionais; nossa razão é parte da racionalidade do mundo, dela participando.
Heráclito, Parmênides e Demócrito Heráclito de Éfeso considerava a natureza (o mundo, a realidade) um “fluxo perpétuo”, o escoamento contínuo dos seres em mudança perpétua. Dizia ele: “não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmo”. A realidade, para Heráclito, é a harmonia dos contrários, que não cessam de ser transformar uns nos outros. Parmênides de Eleia colocava-se na posição oposta á de Heráclito. Dizia que só podemos pensar sobre aquilo que permanece