Gagueira
Histórico:
Um pequeno histórico nos comprova a existência da gagueira desde o surgimento da fala, alguns documentos fazem supor que a disfemia é uma doença que acometeu os humanos desde que começaram a falar. Assim, segundo traduções do Êxodo 6, 12, encontramos dados em que se diz que Moisés (século XII a. C.) era gago; "lento de fala", "incursivo de lábios". O mesmo sucede com Aristóteles (300 a. C.), e outros como Galeno (150 a. C.), Hipócrates (460 -377 a. C.). Naquela época pensava-se que a disfemia era causada por uma língua demasiadamente grossa.
No século XIX começaram os estudos mais sérios sobre a disfemia. Várias idéias foram seguidas por diversos pesquisadores baseados nas quais se extirparam grandes cunhas de língua, se operaram as amígdalas, extirparam a úvula, o véu palatino, ligaram-se os dois nervos hipoglossos, as duas artérias linguais, etc. Houve naquele tempo uma hecatombe cirúrgica da disfemia que, às vezes, curava a gagueira à custa de matar o disfêmico.
Definição:
A disfemia, conhecida popularmente como gagueira é uma perturbação da fala, de origem psicomotora, que se caracteriza por repetição de sons e sílabas ou paradas involuntárias, ou seja, por interrupção da fala por inseguranças, excitações e bloqueios em todas as situações de comunicação, inclusive na leitura. Além dos sinais externos, a gagueira também está associada com um grande sofrimento interno, porque a pessoa tem o que falar, sabe o que falar, mas não consegue. Desta forma, geralmente ocorre uma forte reação à gagueira, porque ela interfere na comunicação e nos desempenhos escolar e profissional. A gagueira é também um distúrbio multifatorial. Pode ter origem genética, orgânica, psicológica e/ou social.
Sintomas:
a) Repetição ou prolongamento de sons e sílabas;
b) Bloqueio de sons;
c) Uso de interjeições para fazer a conexão entre as palavras;
d) Simplificação de frases;
e) Movimentos corporais para ajudar a liberar os sons ou silabas bloqueados;