Gagueira
As possíveis causas da gagueira podem ser agrupadas em fatores funcionais, orgânicos, sejam adquiridos ou hereditários, podendo ser e origem genética. Geralmente surge na infância, no período entre os dois e os cinco anos de idade, de forma gradual.
Em consequência disso existe uma dificuldade de identificar os primeiros sintomas. Cerca de 80% das crianças que apresentam sintomas de gagueira na infância conseguem se recuperar mesmo sem a intervenção fonoaudiológica. A remissão da gagueira costuma ocorrer, no máximo, em até dois anos ou ao redor dos 18 meses, após o surgimento de seus primeiros sintomas. Depois disso, a gagueira pode manter-se estável, progredir ou piorar, mas jamais desaparecer completamente. Após o estabelecimento, a tendência é a de permanecer sempre. Por isso, a recuperação do adolescente ou do adulto é sempre parcial, sendo que em muitos casos a cura não é alcançada.
A incidência da gagueira é de 5%, ou seja, cerca de 10 milhões de brasileiros, com prevalência do sexo masculino Já a prevalência da gagueira é de 1%, ou seja, cerca de dois milhões de brasileiros gaguejam de forma crônica (há anos ou décadas).
SINTOMATOLOGIA
A sintomatologia da gagueira é caracterizada por excessiva repetição de sons e palavras monossilábicas, prolongamentos e bloqueios.
Os sintomas externos produzidos pela gagueira na fala: Repetição de sons e sílabas. Exemplos: "A-a-atenda o telefone, por favor" e "Atenda o te-telefone, por favor". Este é um sintoma da dificuldade de ligar os elementos na fala. Prolongamento de sons. Exemplo: "Atenda o telefone, por ffffavor". Este é um sintoma da alteração na temporalização da fala. Bloqueio de sons (ocorre quando o som fica "travado", "preso"). Exemplo: "Atenda o (silêncio de alguns segundos)telefone, por favor". Este é um sintoma da alteração na temporalização da fala.
Ocasionalmente essas disfluências também ocorrem na fala dos falantes fluentes, mas aparecem em menor número, sem tensão