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A prática disseminada de atribuir aos recortes de renda letras de A até E (o que o IBGE não faz), ou até mesmo o estabelecimento dos limites dessas faixas, é elaborada por meio de critérios subjetivos, gerando uma grande diversidade de enquadramentos utilizada por entidades, empresas, institutos e especialistas. Hoje, não há consenso sobre o assunto, o que torna subjetiva a classificação. Para a elaboração do presente estudo, o critério adotado pela FecomercioSP para a definição de classes de renda foi o seguinte (considerando nas faixas o valor dos rendimentos monetários e não monetários definidos pela POF):
Classe A: Acima de R$ 11.000 // Classe B: Entre R$ 7.000 e R$ 11.000; Classe C: Entre R$ 1.400 e R$ 7.000; //Classe D: Entre R$ 900 e R$ 1.400; // Classe E: Até R$ 900. A estratificação das classes sociais, neste estudo, está próxima da realidade. A classe C, para os efeitos da presente análise, foi considerada a chamada classe média, em função de ser o grupo no qual ocorreram as maiores mudanças entre as POF de 2003 e 2009 e por mostrar, em termos de renda média familiar mensal, o valor mais próximo da renda média mensal de todas as famílias brasileiras – cerca de R$ 2.900,00 mês/família. De acordo com levantamento realizado pela FecomercioSP, com base nos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2009 (POF 2009) do IBGE, no Brasil existem pouco mais de 57 milhões de famílias. Deste total, mais da metade concentra-se na classe média (52%). As demais classes de renda dividem-se da seguinte forma: classe E (22%), classe D (17%), classe B (5%) e classe A (4%). No estudo considerado, a classe C é a denominada classe média. Em 2003 encontravam-se nas classes A, B e C ao redor de 49% das famílias brasileiras e, atualmente, essa proporção saltou para 61%. Em números absolutos, o aumento de famílias nessas faixas de renda foi ainda maior, saltando de 48,5 milhões em 2003 para 57,8 milhões em 2009. Como a classe C tem