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Schopenhauer: Vontade, Intuição e Representação
Posted by Speculativus in Communicationis, Fragmenta, Investigationis on setembro 5, 2012
[O texto aqui publicado constitui-se como parte integrante de um artigo ainda em progresso sobre a crítica de Schopenhauer à Metafísica tradicional e a uma certa retomada do platonismo pelo Filósofo. Uma versão inicial do trabalho completo foi apresentada no VI Simpósio Para Saber Mais Schopenhauer, no VII Congresso Internacional de Filosofia da UNICENTRO em maio/junho de 2012.]
Vontade, Intuição e Representação segundo Schopenhauer
Prof. Dr. Manuel Moreira da Silva
Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná
A filosofia de Schopenhauer pode ser vista como uma retomada e um desenvolvimento da de Platão no sentido em que, a partir desta, avança para além da Metafísica tradicional e da Filosofia transcendental, assim como para além da própria Vontade entendida como a Coisa-em-si e, desse modo, como o fundamento pressuposto de ambas. Em vista disso, Schopenhauer procede ao modo do pensamento antigo – concreto e intuitivo –, precisamente o platônico, opondo-se conscientemente ao pensamento moderno, abstrato e representativo, não apenas mediante certa consciência epistêmica, histórica e sistematicamente determinada, mas também e principalmente conforme um programa de pesquisa genuinamente neoplatônico. Ainda que o próprio filósofo não explicite tal programa, este pode ser reconstruído em suas linhas gerais a partir das referências de Schopenhauer ao pensamento platônico como tal e à crítica que o autor de O Mundo como Vontade e como Representação dirige àqueles com os quais, a partir de Kant, ele disputa o legado platônico. A seguir, apresentaremos os traços mais gerais desse platonismo pós-kantiano.
Ao contrário da afirmação de Hösle acima considerada[1], a filosofia