Fósseis vivos
Como surgiu esse termo
Esse termo começou a ser usado desde 1938, quando foi pescado na África um celacanto ‐ uma espécie de peixe que se acreditava estar extinta há 65 milhões de anos.
Um pouco de história da Paleontologia Foi Charles Darwin que deu origem a esta expressão. A menção a fósseis vivos é feita na sua obra fundamental "A Origem das Espécies", publicada em 1859, no âmbito da discussão em torno do tema "Circunstâncias favoráveis à Seleção Natural". A este propósito Darwin, comentando a ocorrência em determinados ambientes atuais de grupos biológicos aparentando possuir uma morfologia mais conservadora do que a de outros grupos contemporâneos escreveram: "(...) é em ambientes de água doce que encontramos sete gêneros de peixes ganóides, relíquias de uma ordem em tempos predominante. E é nesses ambientes que encontramos alguns dos organismos mais anormais conhecidos no mundo, tais como o Ornithorhynchus e o Lepidosiren, que, tal como os fósseis, estabelece de algum modo, a ligação entre grupos biológicos agora muito afastados na escala natural. Estas formas anormais podem quase ser apelidadas de fósseis vivos, pois resistiram até à atualidade, devido ao fato de terem habitado áreas confinadas e por, consequentemente, terem sido sujeitos a uma seleção menos intensa." Na altura, quando a Teoria da Evolução de Darwin estava ainda a dar os primeiros passos e o conhecimento do mundo biológico e paleontológico era muito fragmentário (por comparação com o que atualmente já é conhecido), a questão da existência de "fósseis vivos", assim como de "formas de transição", era fundamental para a discussão e a compreensão dos processos evolutivos. Hoje em