fósseis vivos
"Fóssil vivo" é uma expressão utilizada informalmente para qualificar organismos de grupos biológicos atuais que são morfologicamente muito similares a organismos dos quais há conhecimento no registo fóssil. No entanto, convém salientar que apesar de pouca ou nenhuma diferença anatômica, a nível molecular as coisas são diferentes e um fóssil vivo, é tão evoluído geneticamente como qualquer outro animal.
Frequentemente, os "fósseis vivos" pertencem a grupos biológicos que no passado geológico da Terra foram muito mais abundantes e diversificados que atualmente.
Esta designação resulta do fato de, no século XIX, numa fase inicial dos estudos paleontológicos e biológicos à escala global, quando muito ainda havia por descobrir nos mares e florestas atuais, alguns destes grupos biológicos terem sido originalmente identificados com base no registo fóssil, sendo classificados como extintos, e só depois sido descobertos - vivos - na atualidade. Daí a expressão "fóssil vivo".
Em principio, a sobrevivência tão duradoura destes animais poderia significar um grande sucesso biológico dos mesmos, no entanto, muitos dos animais fósseis vivos, chegaram até nós porque os seus habitats foram sujeitos a poucas alterações ao longo dos milhões de anos, bem como a competição com outras espécies não os levou à extinção. No mesmo sentido, são também alguns dos animais mais vulneráveis e ameaçados pela ação humana.
Independentemente da sua sobrevivência e da “saga” percorrida durante tantos milhões de anos, os fósseis vivos são, sobretudo, a visão mais realista que podemos ter de como era o mundo há muito, muito tempo atrás.
Fósseis Vivos:
Nautilus
Os nautilóides (Nautilidae) são cefalópodes marinhos arcaicos que foram muito abundantes no período Paleozóico, existindo ainda um gênero vivo — o náutilo — que vive no sudoeste do Oceano Pacífico.
No Baixo Mondego são fósseis relativamente raros, encontrando-se nas unidades do Jurássico médio e inferior, assim