Fístula intestinal
A fístula gastrointestinal é uma comunicação anormal do tubo digestivo com qualquer víscera oca ou cavidade abdominal (fístula interna), ou ainda, com a superfície cutânea (fístula externa), através da qual ocorre a drenagem dos líquidos digestivos (NETO, 2002).
Diversos fatores predispõem ao aparecimento das fístulas gastrointestinais, dentre eles podemos citar: idade, presença de doenças crônicas, uso de corticoterapia, lesão visceral por irradiação prévia, intervenções sobre órgãos com processos inflamatórios ou neoplásicos. As dificuldades técnicas como lesões viscerais acidentais, corpos estranhos, punção do intestino e/ou deiscência de sutura também podem ser apresentadas como fatores de risco. Soma-se a estes fatores, com um destaque especial a desnutrição, que em muito se associa com o surgimento de fístulas no período pós-operatórias, e com certa facilidade pode ser diagnosticada. Carvalho (1993) estima que cerca de 35% a 40% dos pacientes de cirurgia geral apresentam à admissão hospitalar algum grau de desnutrição, e que esta, pode interferir nos resultados cirúrgicos.
As fístulas externas são de mais fácil diagnóstico, por apresentar secreções purulentas ou extravasamento de conteúdo gastrointestinal em locais de drenagem ou incisões abdominais, inflamação celulítica e sepse. Já as fístulas internas são as mais difíceis de diagnosticar, pois requerem exames de imagem para a sua confirmação (FALCONI, 2001).
Os sintomas mais comuns nos pacientes que possuem uma fístula gastrointestinal são dores abdominais, mal estar e febre (fístula externa). Porém, sinais mais inespecíficos como a diarréia, dispnéia (fístula interna), leucocitose, pneumatúria, fecalúria ou piúria e sepse também possam está presentes.
Quando confirmada a fístula, começa - se o monitoramento diário:
Verificar volume e aspecto da secreção, balanço hídrico. Periodicamente o paciente deve ser avaliado