Fédon
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO
Observações:
1. Não é polígrafo.
2. São textos elaborados pelo professor ou escaneados para uso do mesmo em sala de aula.
3. Esses textos são apenas orientativos, pois durante a aula ampliam-se as informações aí contidas.
VISÃO ANTROPOLÓGICA DO SER HUMANO
O SER HUMANO: UM SER DE RELAÇÕES E UM SER PENSANTE.
Antropologia, em sentido estrito, constitui o estudo e o conhecimento sistemático do ser humano e de suas obras. A antropologia enfoca o ser humano a partir de um ponto de vista muito amplo, ou seja, sob todos os seus aspectos ou dimensões. Dentro do ponto de vista da religião, aborda-se também o ser humano a partir de um ponto de vista da antropologia teológica, visto que todas as religiões têm uma concepção de ser humano.
Erenida Gheler, no seu livro a respeito da cultura religiosa diz que as diferentes culturas, as diferentes formas religiosas e as maneiras de pensar e agir da humanidade, basicamente estão relacionadas com a resposta ou respostas que são dadas à pergunta: “Quem é o Ser Humano?” Existiram, basicamente, três momentos dentro da história do pensamento que contribuíram para uma visão de uma história da antropologia.
1) Na filosofia clássica, ou seja, na Grécia antiga, o Ser Humano era visto através de uma visão cosmocêntrica. Existiam filósofos materialistas, tais como Demócrito (460-370 a.C.), que consideravam o Ser Humano apenas como um conjunto de pequenas partículas, chamadas de átomos os quais se dispersavam após a morte. Outros filósofos, os humanista-metafísicos, acreditavam na espiritualidade da alma humana. Entre estes está Platão (427-347 a.C.) que afirmava que o Ser Humano é essencialmente alma, alma espiritual, incorruptível e imortal, enquanto que o corpo representa sua prisão, da qual a alma se liberta depois da morte.
Para Aristóteles (384-322