Obra de Fedon
Por: André Luiz Avelino
Graduando em Filosofia – FFLCH – USP
Objetivo da Filosofia.
A tarefa do filosofo é a busca da verdade, e esta implica na libertação progressiva de toda a materialidade. O filosofo não deve temer a morte, já que esta lhe permite alcançar toda a verdade. A vida do filosofo é a busca do desprendimento total do corpo, pois este constitui um obstáculo ao conhecimento, dado que o filosofar consiste em desprender a alma dos impulsos e desejos do corpo; O conhecimento das coisas em si não se alcança pela percepção sensível, e sim pelo pensamento; O conhecimento total da verdade só se da após a vida, quando a divindade nos liberta do corpo, e em vida o conhecimento só é possível abstendo-se de todo o comércio com o corpo; O filosofo aspira libertar a alma do corpo e sua tarefa é operar esta libertação. Sendo assim, seria absurdo que o filosofo se indignasse na hora da morte. No entanto, é ilegítimo o desejo do suicídio, pois os homens pertencem aos Deuses. Ninguém deve partir da vida sem ser forçado pela divindade.
A causa da ilegitimidade do suicídio e o objeto da filosofia implicam na natureza simples da alma – para que esta possua identidade com as essências -, na sua preexistência à vida e na sua imortalidade.
Argumentos à imortalidade, à preexistência, e à natureza simples da alma.
Teoria dos Contrários - A lei geral da natureza (Devir Heraclitiano) mostra que todo o contrário surge do seu contrário: o feio do belo, o pequeno do grande, etc.; Assim a morte nasce da vida e a vida desta, caso contrario, não sendo desta maneira, haveria uma negação da lei geral da natureza. Se assim não fosse, o universo imobilizar-se-ia. Então, os vivos nascem dos mortos, e vice e versa; e, para isso as almas devem preexistir em algum lugar antes de regressarem à vida. A alma é princípio de vida.
Teoria das Reminiscências – Pelos sentidos observa-se a existência de coisas, mas que, no entanto, não são perfeitas como a