Fé e razão
A Filosofia terá, no correr dos séculos, um conjunto de preocupações, indagações e interesses que lhe vieram de seu nascimento na Grécia.
Assim, antes de vermos que campos são esses, examinemos brevemente os conteúdos que a Filosofia possuía na Grécia. Para isso, devemos, primeiro, conheceres períodos principais da Filosofia grega, pois tais períodos definiram os campos da investigação filosófica na Antiguidade.
A história da Grécia costuma ser dividida pelos historiadores em quatro grandes períodos ou épocas:
1. a da Grécia homérica, correspondente aos 400 anos narrados pelo poeta Homero em seus dois grandes poemas, Ilíada e Odisséia;
2. a da Grécia arcaica ou dos Sete Sábios, do século VII ao século V a.C, quando os gregos criam cidades como Atenas, Esparta, Tebas, Megara, Samos, etc., na qual predomina a economia urbana, baseada no artesanato e no comércio;
3. a da Grécia clássica, nos séculos V e IV a.C. até o início do século III a.C., quando a democracia se desenvolve, a vida intelectual e artística entra no apogeu e Atenas domina a Grécia com seu império comercial e militar, que será perdido com a Guerra do Peloponeso (ou a guerra entre Atenas e Esparta, envolvendo todas as cidades gregas e terminando com o enfraquecimento de todas elas);
4. e, finalmente, a época helenística, a partir dos meados do século III a.C., quando a Grécia passa para o poderio do império de Alexandre da Macedônia e, depois, para as mãos do Império Romano, terminando a história de sua existência independente.
Os períodos da Filosofia não correspondem exatamente a essas épocas, já que ela não existe na Grécia homérica e só aparece em meados da Grécia arcaica (no século VII a.C.). Entretanto, o apogeu da Filosofia acontece durante o apogeu da cultura e da sociedade gregas, portanto, durante a Grécia clássica, tendo seu ponto culminante com as obras de Platão e Aristóteles.
Os quatro