Fé e Razão

1. A experiência religiosa se reconhece em sua fidelidade a um princípio que transcende a existência humana e não encontra ou procura razões ou riscos que abalem a fé que a sustenta. Entretanto, a experiência religiosa não é, necessariamente, antagônica ao exercício filosófico, isto é, a reflexão ou a exposição racional dos princípios que a configuram. E para você? RAZÃO e FÉ são formas ou esferas de entendimento e de constituição da verdade conciliáveis? Justifique sua resposta.

Acredito que Razão e Fé podem ser conciliáveis em certos pontos, mas elas não possuem a mesma opinião em tudo. Afinal, em determinados assuntos/questionamentos elas até concordam uma com a outra, mas diante do fato de a Razão tentar explicar “cientificamente” algumas coisas e a Fé não aceitar, elas mais se diferem do que se assemelham e com isso, na maioria das vezes, se debatem. A Fé pré-estabeleceu alguns preceitos e acredita cegamente neles, não importando se a Razão provou ou tenta provar que aquilo está errado ou “não é bem assim”. Para mim, a Fé peca algumas vezes em não “acatar” as descobertas feitas através da Razão, mas por outro lado, deve-se pensar, por exemplo, se a Igreja (como unidade de Fé), se manteria por tanto tempo respeitada e com milhões de seguidores fiéis se “desse ouvidos” a tudo o que cientistas e pesquisadores descobrem, pois diariamente mais descobrimentos são feitos e se a Igreja consentisse tudo, talvez não seria essa forte instituição que é hoje. Se assim fosse, a cada dia mais pessoas de acordo com sua “nova forma”, entrariam para fazer parte dela, mas em contrapartida, vários que se identificavam com ela antes, deixá-la-iam para fazer parte de outra entidade. Por isso, na minha opinião, a Igreja teve uma decisão acertada em se manter inatingível por todos esses anos, pois mesmo que hoje ela (como unidade de Fé) não seja capaz de nos passar o entendimento e a constituição da verdade nitidamente, é forte em todo o mundo, se faz presente e é necessária na