Fé e ciencia
1. A UNIVERSIDADE: CIÊNCIA E FÉ
A universidade nasceu como uma associação livre dedicada ao saber, no conjunto de outras associações que foram organizadas no séc. XIII: as universitates. Ela agregou estudantes de várias procedências socioculturais, na busca de autonomia de investigação e de aquisição de conhecimento. Seu contexto social são as cidades livres emergentes, e sua regra de organização a participação de todos os sujeitos que compunham a corporação. As primeiras universidades lançaram os germes da livre investigação e construíram o edifício metodológico e político das academias atuais. Participaram também dos primeiros ensaios da autonomia moderna. É verdade que o sujeito autônomo para pensar e agir constituiu o grande ideal e, ao mesmo tempo, a grande conquista dos tempos modernos. Contudo, a universidade antecedeu no ideal e na prática, mesmo que em escala pequena, esta realidade que foi sendo concretizada na sociedade moderna em diversas frentes e formatos.
A educação do sujeito autônomo para ser, pensar e agir permanece como o desafio e o ideal da universidade atual. A vida universitária é um percurso de aprendizado que solicita força de vontade, disciplina e treinamento permanentes dos estudantes que dela fazem parte: os professores e, de modo especial, os alunos. Na universidade confessional, a tarefa de educar o ser humano para exercer sua cidadania e profissão com competência, liberdade e responsabilidade é primordial e possui um significado teológico. O ser humano é a meta de toda ação pedagógica na longa tradição cristã. Tudo que for autenticamente humano será cristão, da mesma forma que tudo que for cristão deverá ser humano.
A universidade marca o início de uma nova etapa na vida de seus estudantes. Uma etapa que vai introduzi-los, progressivamente, na dinâmica acadêmica e