Fábula das abelhas

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Instituto de Economia

CE 172 – Introdução à Economia – Turma A
Victor Jose Panetta
RA: 139219
23/03/2012

ANÁLISE E COMPARAÇÃO ENTRE A “TEORIA DO SUBDESENVOLVIMENTO”, DE CELDO FURTADO, E “A FÁBULA DAS ABELHAS”, DE BERNARD MANDEVILLE

Durante “A Fábula das Abelhas”, Mandeville discorre sobre a sociedade capitalista moderna, comparada metaforicamente à uma colméia de abelhas. Os indivíduos membros da sociedade abordada na fábula são dotados de características essencialmente humanas, como a preguiça, a imoralidade e o consumismo desenfreado. Na organização social da colméia, é possível observar a presença de uma pequena elite dominadora, que controla de maneira quase integral os recursos disponíveis. Em contrapartida, a grande maioria da população, que não faz parte desta casta privilegiada, conta com uma condição de vida medíocre, destinando quase a totalidade de seu tempo labutando para atender os interesses da elite. Simultaneamente, em seu texto “A Teoria do Subdesenvolvimento”, Celso Furtado aponta como uma das causas do subdesenvolvimento a disseminação do progresso tecnológico durante a Revolução Industrial, que, segundo ele, ocorreu de forma caótica e heterogênea entre os diferentes países que sofreram tal processo. Ainda de acordo com o texto, esse fato promoveu uma diferença entre os países que passavam por essa transformação dos padrões de consumo e produção, causando uma disparidade social e financeira que culminaria com a formação do que conhecemos hoje como países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Nesse ponto é possível obter um paralelo entre os autores, visto que ambos defendem a tese de que a alocação desigual de recursos encerra a origem da diferença e dominação entre as classes sociais. No entanto, a opinião dos autores parece conflitar sobre as consequências geradas por esse tipo de estrutura social. No texto de Mandeville, a partir do momento em que a sociedade se torna plenamente igualitária