Resena crítica relacionando a atividade financeira do Estado e a fábula das abelhas
887 palavras
4 páginas
O Estado tem como importante finalidade a de proporcionar o bem comum para a sua sociedade. Ele pode ser visto como um mediador entre os homens para assegurar o bom convívio, a paz e a satisfação de necessidade publicas e para tal ele apresenta um sistema de serviços públicos. No entanto, para que seja possível que o Estado atinja sua meta, são necessários bens e dinheiro para custear suas atividades. Assim, a atividade financeira do Estado pode ser entendida como a de obter, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu àqueloutras pessoas de direito público”.Analisando a Fábula das Abelhas, de Bernard Mandeville, por sua vez, é importante destacar primeiramente sobre o que tal conto trata. A colmeia em questão seria uma miniatura da sociedade inglesa na visão de Mandeville e a sua principal caraciterisitica era a dissociação entre as suas brilhantes realizações práticas e econômicas, de um lado, e o descontentamento ético das abelhas consigo próprias de outro. Na sua ingenuidade, elas não se davam conta de que ambas as coisas estavam extremamente vinculadas. Mandeville faz uma reflexão acerca daquilo que é entendido como o vício dos homens, como é o caso da ganância, da inveja, da vaidade e do orgulho e, de certa forma, os reverencia. Todos esses vícios, na concepção do autor, seriam fundamentais para garantir a prosperidade da nação. Não é de se espantar que tal conto tenha gerado muita polemica na época em que foi publicada. As abelhas, em questão, realizavam todos os seus atos pondo sempre o auto-interesse acima de tudo e isso, teria como consequência não intencional um carácter estabilizador para a sociedade. O “bem-comum” não seria um produto da bondade das pessoas, das suas virtudes, mas sim dos seus vícios individuais. Mas por que Mandeville defende tal ideia? Pois bem, o que se entende é que se todos agissem desprovidos de interesses próprios e sempre de boa fé, não haveria como a nação