Fábrica processamento ameijoa
1. INTRODUÇÃO
A amêijoa é um molusco bivalve pertencente à ordem veneridae que habita principalmente na areia de praia, nas zonas entre mareais e no tapete de ervas marinhas. É um organismo filtrador que se alimenta de partículas suspensas na água incluindo o plâncton, detritos e bactérias (Narasimham, 1988). Entre as espécies identificadas na costa moçambicana estão: Gafrariun diraricatum, Metetrix meretrix, Senela radiata, Arca natalensis, Donax faba, Anadontia edentula, Macoma retrosa, Dosinia hepatida e Pillicina pisidium. A espécie de maior importância pelo tamanho e abundancia é a Metetrix meretrix (Bohlmak, 2003).
As amêijoas são amplamente distribuídas em áreas interditais podendo encontrar-se ao longo de toda região costeira de Moçambique (Scarlet, 2005). Já foram feitos alguns trabalhos visando a estimação dos níveis de ocorrência de ameijoa e aspectos relacionados a níveis de contaminação microbiológica na Baía de Maputo e Estuário Espírito Santo (Kronskvist, 2006, Scarlet, 2005 e Nenonen et al 2006).
A ameijoa representa um importante recurso econômico da ictiofauna, podendo proporcionar dieta e rendimento econômico para as populações da região costeira. Segundo aponta Krunskvist, 2006, as ameijoas constituem um dos principais produtos do mar vendidos em torno dos mercados da Cidade de Maputo, e se fossem corretamente colhidas poderiam ser uma fonte constante de proteína (Xie et al. 2012), para uma população muito maior.
A exploração de mariscos em Moçambique é uma atividade tradicional que envolve principalmente mulheres e crianças. A captura da ameijoa é feita através de apanha ou recolha sendo usada na alimentação como fonte de proteína e para a aquisição de renda para pequenas comunidades costeiras. A colheita é realizada com um investimento relativamente pequeno (Scarlet, 2005).
Embora este marisco seja rico em proteínas pode-se constatar que existe uma