Futurismo
Em 1909 Marinetti colaborou com os pintores Umberto Boccioni, Gino Severini, Carlo Carrà e o pintor e compositor Luigi Russolo, com a finalidade de formular teorias futuristas para as artes visuais. Isso resultou no "Manifesto dos pintores futuristas". Logo surgiu o segundo manifesto, intitulado "Pintura futurista: manifesto técnico", no qual eles se declaravam "os primitivos de uma nova sensibilidade, completamente transformada", e apresentavam ideias concretas sobre como realizar a nova sensibilidade: O gesto que reproduziríamos na tela já não será mais um momento fixo no dinamismo universal. Será simplesmente a sensação dinâmica. Os futuristas caracterizavam-se pela agressividade na propaganda do movimento.
Manifesto Pintores Futuristas – 11 de fevereiro de 1910
Eis as nossas conclusões incisivas: com esta entusiástica adesão ao futurismo, nos queremos: 1. Destruir o culto ao passado, a obsessão do antigo, o pedantismo e o formalismo acadêmico. 2. Desprezar profundamente toda a forma de imitação. 3. Exaltar toda a forma de originalidade, mesmo se temerária, mesmo se violentíssima. 4. Extrair a coragem e o orgulho da fácil pecha de loucura com a qual se criticam e se amordaçam os inovadores. 5. Considerar os críticos de arte como inúteis ou danosos. 6. Rebelar-se contra a tirania das palavras: harmonia e bom gosto, expressões demasiado elástica, com as quais se poderia facilmente demolir a obra de Rembrandt e a de Guva. 7. Varrer do campo ideal da arte todos os motivos, todos os temas já aproveitados. 8. Exprimir e magnificar a vida hodierna, incessante e tumultuosamente transformada pela ciência vitoriosa. 9. Sejam sepultados os mortos nas mais profundas vísceras.
Pintura Futurista: Manifesto Técnico – 11 de abril de 1910
1. É preciso desprezar todas as formas de imitação e glorificar todas as formas de originalidade. 2. É preciso revoltar-se