5º época do cinema no brasil
1950- Volta de São Paulo ao cenário cinematográfico brasileiro. Companhia Vera Cruz, Maristela e Multi Filmes conferem ao setor paulista um tom sensacional.
Os Paulistas rejeitaram qualquer paralelo entre o que pretendiam fazer e aquilo que se fazia no rio, renegando a chanchada, eles se ambicionaram a realizar filmes de classe e em numero muito maior.
Com esse objetivo a Vera Cruz contrata técnicos da Itália e da Inglaterra trazendo nomes ai como Alberto Cavalcanti e numerosos outros estrangeiros vindo por conta própria que completam os quadros técnicos da Maristela e da Multi Filmes.
Esse período de cinematografia Paulista foi rico em filmes e acontecimentos: os meios intelectuais, artísticos tomaram afinal conhecimento do nosso cinema que virou assunto constante nas rodas.
As promessas de melhoria do padrão técnico e artístico foram razoavelmente cumpridos a partir de filmes como Caiçara, Ângela, O Comprador de Fazendas, Sinhá Moça e etc.
Contudo, diferente de Lima Barreto, diretor de Cangaceiro, que com esse filmes inaugurou um gênero que permaneceu vivo até hoje. Os diretores desses filmes, quase todos estrangeiros não deixaram marcas duradouras de sua passagem no cinema nacional.
Cavalcanti se afasta voltando para o seu pais logo após realizar a comedia Simão, O Caolho e o drama O canto do mar. Trabalhos que enriquem unicamente a nossa filmografia.
Temos também O Saci, inspirado na obra de Monteiro Lobato de Rodolfo Nanni que ensaiou um cinema brasileiro muito promissor no gênero juvenil.
No Rio houve uma melhora geral e renovadora até da própria chanchada, notadamente em Tudo Azul de Moacir e Alinor Azevedo.
Outros filmes procuravam inserir drama e comedia num contexto fiel da crônica carioca Como Agulha no Palheiro e Amei um Bicheiro.
Reaparece também Humberto Mauro com um novo filme de enredo após 10 anos exclusivamente em filmes educacionais. Ele realiza Canto da Saudade, grande obra mineira.