Funções mentais - memória
“Se a realidade é precisa, a memória não o é.”
(Jorge Luiz Borges. Introdução a Elogio da Sombra)
Jung conceitua memória como
“a faculdade de reproduzir conteúdos inconscientes”
As memórias são formadas por conexões temporárias ou conexões permanentes entre os neurônios.
O cérebro usa um grupo de neurônios para processar essas informações. Para memorizá-las, ele fortalece a ligação entre os neurônios. Quando se quer lembrar, esses mesmos
neurônios são ativados.
Três aspectos tem interesse direto para a administração:
• Memorização e a recuperação do material armazenado • As falhas de recuperação do material armazenado
• A possibilidade de enriquecimento da memória
Memorização e a recuperação do material armazenado
A memória é desencadeada por sinais, que são informações recebidas pelos sentidos que despertam a atenção. Se não houver atenção, a informação não ativa a memória. Uma vez que se preste atenção e registre o estímulo, ocorre a possibilidade de recuperar as informações.
A memorização pode ocorrer pelos seguintes processos:
• Visual – serve para registrar rostos (e objetos) e marcar lugares onde já se esteve. • Episódica – é individual, contém os acontecimentos marcantes na vida de cada pessoa. • Processual – é a mais simples, relacionada à aprendizagem motora. • Topocinética – grava os movimentos e registra a posição do corpo no espaço. • Semântica – É a memória do conhecimento. Guarda as palavras, os raciocínios e o sentido das coisas.
Os dois fatores que influenciam significativamente no processo de memorização são: o diálogo e a emoção.
As falhas de recuperação do material armazenado podem ser decorrentes de:
Codificação – pode ser ineficiente, por falha na atenção (o cérebro privilegia o significado mas não sua forma)
Armazenamento- com o tempo os traços podem se tornar menos vibrantes (lembramos “o que” mas não o “como”, “quando” etc.) Recuperação – o processo de recuperação pode ser distorcido,