A função produção “agrega competitividade à empresa ao fornecer a habilidade de resposta aos consumidores e ao desenvolver as capacitações que a colocarão à frente dos concorrentes no futuro” (SLACK et al, 2009, p. 36). Visto isso, o departamento de produção de uma empresa, a fim de saber se está contribuindo para o sucesso dela, deve conhecer seu papel dentro da empresa e seus objetivos de desempenho específicos. Em primeiro lugar, a produção deve implementar a estratégia. Para a empresa não adianta apenas ter uma estratégia, se ela não for posta em prática. E é a produção que faz isso. Em segundo, após a estratégia ter sido implementada, ela deve ser aprimorada conforme for necessário, ou seja: a produção deve dar apoio para a estratégia da empresa. E em terceiro lugar, a produção tem que impulsionar a estratégia, de modo que ela tenha “vantagem única a longo prazo” (SLACK et. al., 2009, p. 38). Os professores Hayes e Wheelwright, da Universidade de Harvard, elaboraram – para, principalmente, fins de avaliação do papel da produção e sua contribuição – o “Modelo de quatro estágios”. À medida que a empresa vai evoluindo de estágio, aumentam o impacto estratégico, as capacitações em operações e a contribuição de operações. Assim, no estágio 1, há neutralidade interna. A empresa não se desenvolve, porém a função produção não contribui para o insucesso da empresa, pois ela apenas corrige os problemas mais significativos. Após implementar a estratégia, a empresa passa para o estágio 2, no qual há neutralidade externa e ela tenta adotar a melhor prática, ao comparar seu desempenho ao da concorrente. Para passar para o estágio 3, deve-se apoiar a estratégia. Aqui, a produção almeja dar apoio interno, desenvolvendo o necessário, visto que conhece claramente os objetivos estratégicos da empresa. A empresa chega no estágio 4, em que há apoio externo, quando guia a estratégia. Segundo SLACK et. al., a função produção, que olha para o longo prazo, é vista como a