Fungos em grãos armazenados de soja
Lucas Miller Oliveira Santos
Julia Deliberaes Montecchi 1
Eliana Cristina Faustino de Farias 1
José Ricardo Castrillon Fernandez
INTRODUÇÃO
As técnicas de armazenamento de grãos são constantemente aperfeiçoadas devido a extrema importância, na conservação de alimentos, com a finalidade de garantir a sanidade do grão, antes que chegue à indústria de processamento.
Durante o período de armazenamento surge uma das maiores preocupações com a preservação de sua qualidade como a exposição à variação de temperatura e umidade; o ataque de roedores, insetos e fungos; que tem causado prejuízos a exemplo do ocorrido na Carolina do Norte em 1980, quando se perdeu mais de 30 milhões de dólares com a contaminação por fungos (FiB, 2009). No Brasil ainda não existem estimativas das perdas econômicas associadas há fungos, embora se saiba que as microtoxinas, em especial, sejam responsáveis por expressivos prejuízos na produção de grãos (JOBIM; GONÇALVES; SANTOS, 2001)
Os fungos podem ser divididos em dois grupos ecológicos: de campo e de armazém. Os de campo afetam a semente durante suas fases de formação, desenvolvimento e maturação; enquanto os de armazém se reproduzem nos tecidos secos dos grãos, durante seu armazenamento. A ação dos fungos pode ocasionar a perda do valor nutricional e a produção de micotoxinas, o que inviabiliza seu consumo (KENNEDY, 1979).
Muitos trabalhos apontam os fungos de armazenamento, em especial dos gêneros Aspergillus, Penicillium, e Fusarium como os principais agentes de deterioração dos grãos. Estes gêneros estão entre os fungos de armazenamento, de maior frequência no Brasil e estão associados à perda de viabilidade do grão (KENNEDY, 1979). Compõem ainda as principais espécies do grupo toxigênicos, capazes de produzir metabólitos secundários tóxicos, os quais são responsáveis pela produção das micotoxinas (SWEENWEY; DOBSON, 1998).
As micotoxinas além de