Fundos Hedge
O investidor, certamente, tem ouvido falar de hedge funds, ou fundos de derivativos, tanto por causa dos lucros extraordinários que trouxeram a investidores internacionais como George Soros, como por conta de administrações perigosas, como a do fundo norte-americano Long Term Capital
Management, que levou, em meio à crise russa em 1998, o Federal Reserve, banco central norteamericano, a formar um pool de banqueiros para capitalizar o fundo e evitar pânico no mercado financeiro mundial. Mas o fato é que tais fundos não são novidade.
Eles surgiram em 1949, criados por Alfred Jones. Seu objetivo era incrementar o rendimento do fundo, com a estratégia de fazer operações para proteger outras operações contratadas. Proteção, em inglês, é hedge, daí o nome dessas carteiras. Ele comprava ações que tinham as melhores perspectivas e se protegia do risco de oscilações negativas nos preços dos papéis com a venda a descoberto de outras ações para as quais as perspectivas eram piores. Sua estratégia, quando confirmada as perspectivas traçadas, permitia que ganhasse nas duas operações: com a alta das ações compradas, porque já as detinha, e com a queda das vendidas a descoberto, porque podia adquiri-las agora por valor inferior para entrega.
O fato é que os fundos administrados por ele, logo se percebeu, tinham rendimento bem mais atraente que os fundos mútuos e eram atraentes investimentos mesmo em momentos de queda nas bolsas.
Desde 1980, o número desses fundos nos Estados Unidos cresce a uma taxa média de 25% ao ano. A participação dos hedge funds na indústria não é tão expressiva porque, de fato, esses são fundos de acesso restrito. O investimento mínimo pedido por esses fundos para pessoas físicas é de US$ 1 milhão ou cerca de R$ 1,9 milhão. Como não se recomenda que o investidor tenha mais de 10% do seu patrimônio nesses fundos, estamos falando de pessoas de físicas com fortunas de
US$ 10 milhões, correspondentes a R$ 19 milhões.
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